sábado, abril 28, 2007

Janer Cristaldo


Quinta-feira, Abril 26, 2007

MENTIRA COMPLETA 70 ANOS



Leio na Folha on line:

A população de Guernica, na Espanha, relembrou nesta quinta-feira, 26, o 70º aniversário dos bombardeios que destruíram a cidade durante a Guerra Civil espanhola (1936-39) com a nomeação de capital mundial da paz. O massacre, ocorrido em 1937, foi a inspiração de uma das obras primas do pintor Pablo Picasso, batizada com o nome da cidade.

Que a cidade de Guernica relembre os setenta anos do bombardeio, entende-se. O que não se entende é que o redator acrescente a informação de que o bombardeio inspirou "uma das obras primas do pintor Pablo Picasso". Esta mentira, criada por Picasso, se repete há décadas. Como a mentira se repete, vou também repetir-me.

Ora, os fatos são bem outros. Picasso havia pintado uma tela de oito metros de largura por três e meio de altura, intitulada La Muerte del Torero Joselito, plena de cores fúnebres, que iam do preto ao branco, em homenagem a um amigo seu, o toureiro Joselito, morto em uma lídia. O quadro ficara esquecido em algum canto de seu ateliê. Ao receber uma encomenda para o pavilhão republicano da Exposição Universal de Paris de 1937, Picasso lembrou do quadro. Foi quando, para fortuna do malaguenho, a cidade de Guernica foi bombardeada pela aviação alemã. Ali estava o título e a glória, urbi et orbi.

Uns retoques daqui e dali, e Picasso deu nova função ao quadro. No entanto, até hoje multidões hipnotizadas pela propaganda vêem em uma cena de arena, com cavalo, touro e picador, uma homenagem aos mortos de Guernica. Busque o quadro na rede e examine-o. Você não vai encontrar um único elemento que lembre um bombardeio.

Esta lenda até hoje é repetida, tanto por professores e jornalistas como por escritores de renome. De um só golpe de pincel, o pintor malaguenho traiu a memória do amigo e mentiu para a História.

segunda-feira, abril 23, 2007

Perguntar não ofende, não é mesmo?



1. Por que o presidente do povo usa terno Armani?



2. Por que o presidente do povo pode ter ensino fundamental

incompleto e um gari necessita de ensino fundamental completo?



3. Por que o presidente do povo acumula aposentadoria por

invalidez; aposentadoria de dep. federal, pensão vitalicia

de "perseguido político", salário de presidente de honra do PT e

salário de presidente da república?



4. Por que o presidente do povo é 'perseguido político' sendo que

passou apenas UMA noite no DOPS?



5. Por que o presidente do povo comprou um avião da concorrente da

Embraer?



6. Por que o presidente do povo se aposentou por invalidez apenas

por ter um dedo a menos e hoje trabalha como presidente do Brasil?



7. Por que o presidente do povo protege seus amigos comprovadamente

corruptos e nunca acontece nada com ele?



8. Por que o presidente do povo se vangloria de não ter estudo e

ser filho de mãe analfabeta e acha normal ter filhos estudando fora

do Brasil?



9. Por que o presidente do povo quando do seu mandato de Dep.

Federal, não participou da vida parlamentar do Congresso?



10. Por que o partido do presidente do povo tem ligações com as

FARC e ninguém comenta isto?



11. Por que a mulher do presidente do povo não faz absolutamente

nada?



12. Por que o presidente do povo não sofreu impeachment como o

Collor sofreu?



13. Por que a candidata Heloísa Helena foi expulsa do PT e o José

Dirceu (dep. cassado) e Antonio Palocci (indiciado por quebra

ilegal de sigilo bancário e outros crimes) não o foram?



14. Por que o presidente do povo nunca soube das coisas ruins do

partido e do governo dele, MAS SABE DE TUDO SOBRE OS GOVERNOS

ANTERIORES???


Perguntas de autoria de Alexandre, extraídas da comunidade do orkut, CONSERVADORISMO.

domingo, abril 15, 2007


A vigarice acadêmica em ação

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio (editorial) , 10 de abril de 2007


A declaração escandalosa da ministra Matilde Ribeiro, incentivando abertamente a hostilidade dos negros aos brancos, não é um produto original da sua cabecinha oca. É o eco passivo de uma longa e ativíssima tradição cultural. Desde que Stalin ordenou que o movimento comunista explorasse todos os possíveis conflitos de raça e lhes desse o sentido de luta de classes, ninguém obedeceu talvez a essa instrução com mais presteza, fidelidade e constância do que os “cientistas sociais” brasileiros.

Praticamente toda a nossa produção universitária nesse domínio consiste num longo e barulhento esforço para instigar nos negros e mulatos o ódio retroativo não só aos senhores de escravos e aos descendentes de senhores de escravos, mas aos brancos em geral, inclusive os que lutaram pela libertação dos escravos, os que se casaram com pessoas negras, os que nunca disseram uma palavra contra a raça negra nem lhe fizeram mal algum. Todos esses, segundo a doutrina do nosso establishment acadêmico, são racistas inconscientes, virtualmente tão perigosos quanto Joseph Goebbels ou a Ku-Klux-Klan. Até os negros são um pouco racistas contra si próprios. Inocentes do crime de racismo, só mesmo os distintos autores desses estudos e os militantes das organizações inspiradas neles. Ou seja: ou você é um dos acusadores, ou é um dos culpados. Tertium non datur .

Um fluxo incessante de teses de mestrado e doutorado, fartamente subsidiadas pelo governo e por fundações internacionais bilionárias, jorra das nossas universidades para dar credibilidade a essa doutrina adorável. Os oito preceitos metodológicos que a fundamentam são os seguintes:

1. Atribuir à discriminação racial a diferença de padrão econômico entre negros e brancos, omitindo o fato de que entre a abolição da escravatura e o início da industrialização nacional transcorreram mais de quarenta anos durante os quais a população negra libertada se reproduziu incomparavelmente mais que o número de empregos disponíveis.

2. Mostrar os negros como vítimas predominantes de crimes violentos, sem perguntar se não são também predominantemente os autores desses crimes. Todo assassino, branco ou negro, é assim considerado a priori um instrumento da violência branca contra os negros.

3. Do mesmo modo, explicar toda violência policial contra negros como efeito do racismo branco, sem perguntar se os policiais que a cometeram eram negros ou brancos.

4. Mostrar os europeus sempre como escravizadores e os negros como escravizados, omitindo sistematicamente o fato de que as tropas muçulmanas, repletas de negros, invadiram a Europa e aí escravizaram milhões de brancos desde oito séculos antes da chegada dos europeus à África.

5. Explicar portanto a escravidão interna na África como mero efeito da escravidão européia, invertendo a ordem do tempo histórico.

6. Transformar cada raça em pessoa jurídica, titular de direitos, quando negra, e de responsabilidade penal, quando branca.

7. Dar por implícito que todo branco é culpado pelos atos dos senhores de escravos, mesmo quando não tenha um só deles entre os seus antepassados e mesmo que tenha chegado ao Brasil, como imigrante, décadas depois do fim da escravidão.

8. Lançar a culpa de tudo na “civilização judaico-cristã”, justamente a única que, ao longo de toda a história humana, fez alguma coisa em favor das raças escravizadas.

A palavra “viés” é delicada e sutil demais para qualificar a atitude mental que gera esses estudos. A sociologia das raças que se produz nas nossas universidades é puro material de propaganda, deliberadamente mentiroso e calculado para legitimar a violência revolucionária contra aquilo que o ex-governador Cláudio Lembo chamou de “elite branca cruel e egoísta”. Ciência social, no Brasil, é crime organizado.