quarta-feira, julho 26, 2006

Manifesto contra o politicamente correto

Félix Maier em 25 de julho de 2006

Resumo: Não se esqueça de que você tem, sim, todo o direito de dizer as palavras que quiser, de expressar a sua opinião sobre o que bem entender.


Nota do autor:
Abaixo, manifesto contra o politicamente correto, feito durante o lançamento do livro do embaixador Meira Penna, "Polemos", dia 19/07/2007, em Brasília. Tem como objetivo combater a perseguição movida por um aluno contra o Prof. Paulo Kramer, da Universidade de Brasília, que se julgou ofendido com uma simples palavra proferida em sala de aula.

Você sabia que o "politicamente correto" é uma estratégia criada pela esquerda internacional para fazer com que os próprios cidadãos se policiem uns aos outros, numa espécie de polícia política, enquanto o Estado, tirando proveito político dela, vai nos transformando em criminosos, sujeitos a penas de prisão, pelo simples fato de emitirmos nossa opinião e de dizermos o que sentimos sobre os mais variados assuntos?
Você já parou para pensar que quando o integrante de uma "minoria" é beneficiado por políticas assistencialistas, todos os demais cidadãos que não fazem parte dessa "minoria" são expropriados em seu direito de concorrer livremente com ele?
Você gostaria de perder o sagrado direito à liberdade de expressão, mesmo que a sua expressão possa ser considerada deselegante ou mal educada?
Você acha que cabe à classe política ditar regras de educação para o povo, quando ela própria só dá péssimos exemplos por meio de mentiras, corrupção, apadrinhamentos, assassinatos e cumplicidade com o crime organizado?
Você gosta de ser enganado com estratégias desse tipo, enquanto o Estado vai surrupiando quase metade do seu salário em impostos, sem empregá-los em seus devidos fins, e depois joga a responsabilidade por todas as nossas mazelas na "sociedade", da qual você faz parte, criando-lhe um sentimento de culpa que você não poderia e não deveria carregar?
Se você é uma pessoa que tem família e que foi educado de acordo com os valores tradicionais da civilização ocidental (liberdade e responsabilidade individual, direito de propriedade - seja ela um simples lápis ou uma grande fazenda -, respeito aos mais velhos, à verdadeira autoridade e às leis, além de amor ao próximo e outros tantos valores que por milênios imperaram entre os homens), está na hora de abrir os olhos antes que lhe cassem todos esses valores.
Não permita, jamais, que lhe retirem o direito à liberdade de expressão, um dos fatores mais marcantes da personalidade de cada um de nós.
Não se esqueça de que você tem, sim, todo o direito de dizer as palavras que quiser, de expressar a sua opinião sobre o que bem entender, porque você tem capacidade e discernimento suficientes para saber o que está dizendo.


DIGA NÃO AO "POLITICAMENTE CORRETO". PORQUE CORRETO É VOCÊ SER VOCÊ MESMO, EM SUA INTEIREZA, E NÃO O BONECO QUE O ESTADO QUER QUE VOCÊ SEJA!

DEFENDA O SAGRADO DIREITO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO, ANTES QUE VOCÊ SEJA O PRÓXIMO A TER DE CONTRATAR UM ADVOGADO OU A PARAR ATRÁS DAS GRADES!

Félix Maier é escritor e publicou o livro "Egito - uma viagem ao berço de nossa civilização", pela Editora Thesaurus, Brasília

© 2006 MidiaSemMascara.org
Extraído do site:
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quinta-feira, julho 20, 2006

Janer Cristaldo

NAZISMO NEGRO E GUILDA BRANCA

Uma nuvem de estupidez parece pairar sobre o Congresso nacional nestes dias. Não que sobre o Congresso costumem pairar nuvens de inteligência. Mas agora a estupidez concentrou-se e ameaça cair como chuva sobre o país todo. Dois projetos, que pretendem mandar o Brasil de volta alguns séculos para trás, estão sendo discutidos em Brasília. Um deles, o do senador Paulo Paim, já aprovado no Senado, quer mandar o país de volta à América racista do tempo das leis Jim Crow, ou talvez à Alemanha hitlerista ou mesmo à África do Sul do apartheid.
Em verdade, nada de novo tenho a dizer sobre o assunto. Desde que se começou a falar de cotas, tenho denunciado esta manobra dos movimentos negros como algo que só servirá para estimular o racismo. A estupidez avança e cada vez com mais audácia. Se antes falava-se apenas em cotas, o projeto do senador Paim pretende agora identificar os brasileiros por raça, como se fazia com os judeus na Alemanha nazista. A estupidez se repete? O cronista se vê constrangido a repetir-se.
O Estatuto da Igualdade Racial, já o comentei recentemente, ao denunciar a extinção do mulato. De uma penada, o senador pretende extirpar da história do país a prova mais evidente do bom convívio racial. O expediente é elementar. Como os negros constituem apenas 5,4 % da população nacional, o senador passa a chamar de negros todo o contingente de mulatos, que são 39,9%. Mais um pouco e o Brasil será definido como majoritariamente negro, aliás como já é visto por muitos americanos e europeus. Quer-se adotar o modelo americano, que não admite miscigenação. Ou é preto ou é branco. Alguns intelectuais, fugindo ao espírito de rebanho que caracteriza a espécie, apresentaram ao Congresso um documento com 114 assinaturas, com argumentos contrários ao Estatuto e às reservas de cotas raciais. O documento foi logo satanizado como o "Manifesto da Elite Branca", como se os malvados brancos tivessem algum interesse em manter a população negra afastada de seus territórios.
O governo, que desde então vinha insistindo na manutenção das cotas universitárias, sentiu-se constrangido a recuar. Fala agora em cotas sociais. Se por um lado desvincula a reserva de vagas do elemento racial, por outro lado mantém o absurdo propósito de mandar para a universidade pessoas que não preenchem os requisitos básicos para nela entrar, enviando de vez para o brejo o ensino universitário, hoje já extremamente deficiente. Paulo Paim pôs um bode na sala. O governo retira o bode e deixa lá o resto dos animais. Isso sem falar que tal projeto é flagrantemente inconstitucional. "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza", reza o artigo 5º da Carta Magna. Se aprovado, alguns serão mais iguais que outros. Boa parte da população negra gostou da idéia de ganhar no tapetão e não percebe a armadilha em que os negros estão caindo: tendo entrado pela porta dos fundos na universidade, serão naturalmente rejeitados no mercado de trabalho.
Prevendo isso, o senador já garante em seu projeto a presença de ao menos 20% de atores e figurantes afro-brasileiros em programas e propagandas de TV. A seqüência lógica será impor estas mesmas cotas inclusive às empresas privadas em geral, acabando-se definitivamente com qualquer critério de capacitação. Embutida no projeto, vem uma disciplina obrigatória nos colégios, História Geral da África e do Negro no Brasil, como se a história da África e do negro fosse mais importante para o Brasil que a História da Grécia e dos gregos, de Portugal e dos portugueses, da Itália e dos italianos, da América e dos americanos. Seria interessante imaginar como será tratada na nova disciplina a venda de escravos aos brancos europeus pelos chefes tribais negros da África. Ou será um capítulo proibido da história, como a matança dos oficiais poloneses na floresta de Katyn pelas tropas de Stalin, como a matança de sete mil religiosos espanhóis pelos comunistas na Espanha?
O projeto do senador prevê ainda a identificação racial dos negros em documentos de identidade. Segundo o Estatuto, os negros passarão a ter carteirinha de negro. Curioso observar que nas décadas passadas os movimentos negros haviam concluído que raça não existia. Agora passou a existir e deve constar em documento. Como o branqueamento é bastante generalizado no Brasil, talvez fosse melhor uma tatuagem ou adereço bem visível, como Hitler instituiu na Alemanha para judeus e homossexuais. Se aprovado tal monstrengo, este país onde a miscigenação sempre foi regra passará a discriminar oficialmente por raça. Estamos caminhando a largos passos rumo a um nazismo negro.
Não bastasse tal despautério, outro projeto, de iniciativa do deputado Pastor Amarildo, pretende mandar o país de volta mais longe ainda no tempo, para os dias da Idade Média, quando as guildas controlavam ferreamente o exercício das profissões. No fundo, a intenção é sufocar a liberdade de expressão, regulamentando uma profissão que não pode ser regulamentada, o jornalismo. Se antes apenas exigia-se curso para o exercício do jornalismo, em função de um decreto-lei promulgado por uma junta militar em 1969, o novo projeto, aprovado pelo Congresso na calada da Copa, pretende enquadrar até mesmo colunistas e comentaristas. Ora, este dispositivo ditatorial não encontra paralelo em nenhum regime democrático do mundo. Jornalista é quem tira seus proventos do ofício de jornalismo e fim de papo.
O projeto do pastor é uma reação à rejeição da proposta de um Conselho Federal de Jornalismo, feita pela Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas) e encaminhada em 2004 ao Legislativo pelo Governo Federal. Devido à pressão de jornalistas e proprietários de veículos de comunicação, a tentativa de cercear ainda mais a liberdade de expressão foi retirada no mesmo ano. De novo, as cotas. A guilda branca quer proteger a corporação. Enquanto o país se empolgava com a Copa, o projeto passou quase clandestinamente no Congresso. Depende agora de veto ou aprovação do Supremo Apedeuta. O espantoso é que tal dispositivo surge precisamente nestes dias de Internet, em que qualquer cidadão pode montar seu blog e fazer jornalismo a seu gosto.
O Supremo Apedeuta, como é sabido, não tem maiores apreços pela imprensa. Não seria de duvidar que assumisse esta excrescência jurídica. Logo nestes dias em que a WEB libertou os jornalistas dos custos de papel, gráfica e distribuição. Os blogs constituem hoje jornalismo de alto nível e mais rápido que o jornalismo em papel. Os comunistas chineses já perceberam isto e estão censurando a Internet.
Se assumir esta excrescência, o Supremo Apedeuta estará lutando em vão contra o amanhecer.
- Enviado por Janer @ 12:28 AM

Retirado do blog do Cristaldo:
www.cristaldo.blogspot.com